Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo...
E com cinco ou seis rectas é fácil fazer um castelo...
Com o lápis em torno da mão eu me dou uma luva...
E se faço chover com dois riscos tenho um guarda chuva...
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel...
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu...
Vai voando, contornando a imensa curva...
Norte sul...
Vou com ela, viajando Havai e Pequim...
Ou Istambul...
Pinto um barco à vela branco navegando, é tanto céu e mar num beijo azul...
Entre as nuvens... Vem surgindo um lindo avião...
Rosa e grená...
Tudo em volta...
Colorindo com suas luzes...
A piscar...
Basta imaginar e ele vai partindo sereno lindo e se a gente quiser...
Ele vai pousar...
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida...
Com alguns bons Amigos viajando de bem com a vida...
De uma América à outra eu consigo passar num segundo...
Giro um simples compasso e num circulo eu faço o mundo...
Um menino caminha e caminhando chega num muro...
E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está...
E o futuro...
É uma astronave que tentamos...
Pilotar...
Não tem tempo...
Nem piedade nem tem hora...
De chegar...
Sem pedir licença muda nossa vida e depois convida a rir ou a chorar...
Nessa estrada, não nos cabe conhecer ou ver...
O que virá...
O fim dela...
Ninguém sabe bem ao certo...
Onde vai dar...
Vamos todos numa linda passarela de uma aguarela que um dia enfim...
Descolorirá...
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"Nessa estrada, não nos cabe conhecer ou ver...
O que virá...
O fim dela...
Ninguém sabe bem ao certo...
Onde vai dar..."
A vida baseada no Destino...em estradas desconhecidas, em caminhos escondidos, feitos de luz e sombra...chegará para viver acreditar num destino ou temos e devemos de jogar um jogo de probabilidades?
(não foi uma opinião para estar certo ou errado, mas sim o que me lembrei ao ler principalmente as frases que escolhi do teu texto).
Um beijo e um sorriso...