Desejos (parte II)

quinta-feira, dezembro 29, 2005 à(s) 01:11

FELIZ ANO NOVO!
Beijinhos

Desejo...

domingo, dezembro 25, 2005 à(s) 00:23

Feliz Natal para todos!
Beijinhos

Querido Pai Natal!

quarta-feira, dezembro 21, 2005 à(s) 22:49
Take me away

How long will I keep this candid camera smile?
My muscles hurt, I better rest for a while
Breathing is the only thing that keeps alive
All this oxygen, crushes me,
leaves me so tight
Let me out...
My pain is leading,
I got no control from now
Don't try to help me,
I don't want to put you down
All my reasons will be misunderstood,
I wish you well, in here there's nothing good
My heart is rotten with all the worst kind of disease
It tries to be better but all it can do is bleed
I'm so tired of myself
Oh God please take me away and bring someone else
One of my friends believes in what she reads
And she's always talking about the end of the century
But listen, have you ever stopped to realise
That if it happened there would be no one
but no one to feel alone?
No pain at all...
I should be going, so much damage I've done
So many tears and still a lot more to come
Excuse me, don't push my wheel chair
I don't want to go anywhere
My heart is rotten with all the worst kind of disease
It tries to be better but all it can do is bleed
I'm so tired of myself
Oh God please take me away
and bring someone else
Alone, I don't care
And now all I remember
is the smell of your hair...

David Fonseca @ Silence 4

Noite

domingo, dezembro 18, 2005 à(s) 01:37
A noite é aquele momento que sempre me presenteou com instantes mágicos, sinistros, aventureiros, irresistíveis, inconscientes e inesquecíveis.
À noite sei que não sou simplesmente eu...sou Eu mesma como gosto de ser, quando acompanhada pelas personagens certas.
É nesses momentos que me revelo e embarco nas viagens mais loucas que se podem realizar, mesmo sem sair do espaço onde me encontro. Eu metamorfoseio-me na escuridão e deixo-me revelar como as estrelas se revelam...cintilando.
Eu voo alegremente pela brisa nocturna e extraordinariamente dócil que enregela os dedos e todos os membros do nosso corpo. Sinto-me livre, solto-me pelos fragmentos descoloridos e desbotados carregados com cores pesadas e fúnebres. Saltito de estrela em estrela, beijo a lua, esvaio-me na geada que tomba leve e invisivelmente, e rebolo nos olhos de quem vagueia no âmago das avenidas desprovidas de luz e repletas de sonoridades ocas e húmidas. Desencaracolo-me por entre pensamentos incandescentes, vagos e obscenos que deambulam nas inúmeras mentes que figuram no escuro. Vejo todas as cenas, desejos e mitos imaginados por essas consciências insatisfeitas e sedentas de loucura adolescente.
Adoro a noite e a magia que lhe está inerente. Gosto de ser parte deste cenário que permanece misterioso e esquecido; repleto e vazio,ladrilhado por pessoas mil e personalidades vãs, num vácuo de sonoridades ordinariamente estranhas que em nada combinam com a estranheza destas cores mórbidas e sem acção, drogadas por ritmos contagiantes e repetidamente desoriginais.
Misturo-me nas essências dos fumos e encandeio-me nas luzes néon. Beijo pálpebras e lábios, arrepio pescoços e sorrio. Sou desejada pela púrpura dos desejos efervescentes e instantâneos, inegáveis e apetecidos - mas inconfessáveis...
E esqueço-me de mim, na noite!

Palavra

sexta-feira, dezembro 16, 2005 à(s) 01:48
A palavra já não é o que era...não tem validade nenhuma.
Assinamos para comprovar o que dissemos: certeza terás, mesmo que seja alguma.
Cada um atribui às palavras a importância que mais lhe convém, simplesmente é assim que se vive hoje em dia.
Não há legitimidade nem palavra honesta; não há garantia verbal e até, há que se distorcer o que se fala, de forma a que se tire algum proveito (independentemente de se magoar alguém).
Quem fala não falou; quem não disse, mencionou.
Se abordou determinado assunto, "não me lembro, não sei". Ou simplesmente até disse....("tudo aquilo que nem falei!").
Sentimentos de culpa?
Nada disso...para quê? O que é isso? Remorsos? Naaaah... qual quê?
Importante sou eu, não é ele, nem você!
Portanto, se me lês: ignora tudo o que digo ou finge que até já disse aquilo que não consigo. Espalha por aí as palavras que não te disse, inventa rumores e opiniões...faz como se eu não existisse.
A palavra de nada valhe...seja minha seja tua. Seja eu viva, morta ou deportada; esteja em casa ou na rua.
Mas fala!

Inevitável

quinta-feira, dezembro 15, 2005 à(s) 00:56
É obvio que eu ando amnésica....
Como é possível ter-me esquecido de comentar a nova moda mais irresitível e enfadonha que tem andado pelas cornetas do soldado?
Refiro-me à modernice dos debates (actualmente com temáticas presidenciais) que visam a melhoria e enriquecimento do conhecimento da sociedade que anda sempre na "corda-bamba", relativamente aos candidatos à Presidência da República.
Desculpem-me a ousadia mas hoje, devo partilhar convosco o meu descontentamento pelo desinteresse que cada vez mais é acentuado durante aquelas conversas com palavras ocas e floreadas, em que cada qual tenta argumentar o melhor possível a sua Jerónima defesa face àquilo que todos sabem que vai acontecer mas acreditam que não acontece.
Enfadonhos estes trocadilhos de palavras entre os homens que por aí andam, com Belém na mira.
Certo é que até à data, só não adormeci num debate em que o esquerdista extremo se debateu afincadamente e, (devo dizer) extraordinariamente oportuno nas duas intervenções. O Louçã partiu a louça toda, deixou o seu opositor enCavacado!
Nesse, mantive-me interessada porque era inevitável a distracção, depois de ver argumentos tão coerentes serem apresentados a mais um Sr. Português que acredita que é a pessoa indicada para ficar no Palacete que o povo sustenta!
Bem...nesse aspecto dou a mão à palmatória, como é óbvio. Se estamos à espera de modernizar o nosso país, de apostar na educação e formação, no progresso, na inovação, pois nesse caso não percebo o motivo de candidatos retirados do fundo de um baú.
Não existe nenhum heterónimo do D. Afonso Henriques?
Bolas...esse com 16 anos, pegou na espada e enfrentou a mãezinha na Batalha de S. Mamede...estávamos em 1128!
Agora que temos telemóveis, net, faz's, tv por cabo, plasmas e dvd's, automóveis e jactos, Otas e TGV's, GPS's e outros "aparelhómetros mais", não há um catraio licenciado/mestre/doutorado/pós-graduado(...)em Economia e Ciências Políticas que se insurja?
Custa-me acreditar...!
Se fosse a minha especificidade, juro que já tinha arregaçado as mangas e ido à conquista de um Portugal melhor, mais aventureiro e empenhado nos Descobrimentos Parte II.
Lá anda o amargurado Povo Lusitano aguardando urgentemente a ressurreição do Salazar, ou reaparecimento do D. Sebastião, ou quiçá...o King Kong!?
Quem é que nos vais por na ordem?
Sim; precisamos de ordem. Ou vamos continuar a fazer o que nos dá nas células cerebrais sem ter de justificar os nossos actos "aneurónicos", vivendo na rebaldaria Alegre de um encantado país desencantado, prestes a ir pelo' S(o)Ares?
Precisamos de modernizar, mesmo! Mas com um jovem que seja inevitavelmente conquistador de sucessos e ideias férteis!
Até lá...aguardo mais uns debates monótonos que,no fundo são mais baratos que os xanax's e outras medicações sonoríferas. 100% Eficazes, hein?

Agora

segunda-feira, dezembro 12, 2005 à(s) 01:46
Hoje dediquei-te os meus segundos, a minha afonia, o meu olhar, a minha respiração, dediquei-me a ti e coloquei em ti, tudo o que existe em mim.
Hoje pensei em ti enquanto a vida deambulava pela calçada das intermináveis horas que finalmente me conduziram à cama.
Hoje sonhei-te o olhar, os gestos e o teu odor no mesmo instante em que adivinhei-te a pensar em mim.
Hoje lembrei-me das palavras que trocaste comigo, do convite que me fizeste, das recusas que me obrigaste a dar, da volta que me dás ao coração.
Atas-me a ti, mesmo sabendo que é contra a minha vontade, forças-me a ter-te comigo apesar de saberes que é tudo o que eu mais desejo mas não posso querer.
Hoje recoloquei uma palavra no meu vocabulário; insistes comigo para que o faça.
Eu sei que tu não me sonhas parafraseando o que sinto.
Eu sei que tu acreditas que eu reconsideraria o teu desejo.
Eu sei que era inevitável tirá-la da minha vida; aquela palavra...
Vem dormir comigo, aquece-me. Tenho frio!
(...)
Agora que penso em ti, em que(m) pensas tu?

Sempre para sempre

domingo, dezembro 11, 2005 à(s) 01:32
Há amor amigo
Amor rebelde
Amor antigo
Amor da pele
Há amor tão longe
Amor distante
Amor de olhos
Amor de amante
Há amor de inverno
Amor de verão
Amor que rouba
Como um ladrão
Há amor passageiro
Amor não amado
Amor que aparece
Amor descartado
Há amor despido
Amor ausente
Amor de corpo
E sangue, bem quente
Há amor adulto
Amor pensado
Amor sem insulto
Mas nunca, nunca tocado
Há amor secreto
De cheiro intenso
Amor tão próximo
Amor de incenso
Há amor que mata
Amor que mente
Amor que nada, mas nada
Te faz contente, me faz contente
Há amor tão fraco
Amor não assumido
Amor de quarto
Que faz sentido
Há amor eterno
Sem nunca, talvez
Amor tão certo
Que acaba de vez
Há amor de certezas
Que não trará dor
Amor que afinal
É amor,
Sem amor
O amor é tudo,
Tudo isto
E nada disto
Para tanta gente
É acabar de maneira igual
E recomeçar
Um amor diferente
Sempre, para sempre
Para sempre.


Tema dos Donna Maria que é bem interessante de se ouvir!

If I Could Be Where You Are

sábado, dezembro 10, 2005 à(s) 23:31
Enya
Esta é a letra de uma canção que alguém se lembrou de escrever por mim...é simplesmente, linda!

Where are you this moment?
only in my dreams.
You're missing, but you're always
a heartbeat from me.
I'm lost now without you,
I don't know where you are.
I keep watching, I keep hoping,
but time keeps us apart
Is there a way I can find you,
is there a sign I should know,
is there a road I could follow
to bring you back home?
Winter lies before me
now you're so far away.
In the darkness of my dreaming
the light of you will stay
If I could be close beside you
If I could be where you are
If I could reach out and touch you
and bring you back home
Is there a way I can find you
Is there a sign I should know
Is there a road I could follow
to bring you back home to me.

Há 25 anos...

quinta-feira, dezembro 08, 2005 à(s) 16:10

John Ono Lennon (9 de Outubro de 1940, Liverpool, Inglaterra - 8 de Dezembro de 1980, Nova Iorque), nascido como John Winston Lennon, foi um músico e compositor britânico.
John Lennon foi o mais famoso membro dos Beatles.
Junto de Paul McCartney, compôs a maioria das canções e melodias do grupo. John Lennon é muito conhecido como cantor, compositor e guitarrista dos Beatles, bem como se tornou um dos ícones musicais do século XX aliado às suas canções.
"Woman", "Strawberry Fields Forever", "Give Peace a Chance", "Yesterday" e "Imagine" são alguns dos temas que estão frequentemente no ranking musical de melhores músicas do século XX.
Há exactamente 25 anos atrás, Lennon foi assassinado. Um final trágico e inesperado para um artista genial que sempre valorizou e cantou as coisas boas e singelas que a vida tem...
Como seria a actualidade se ele ainda permanecesse entre nós?!
Imagine...

Pausas

à(s) 10:14
O "Zé Povinho" está sempre à espera de um feriadinho à 5ª ou 3ª feira para poder fazer a tão conhecida "ponte".
- Bute fazer um fim de semana prolongado? 'Tou farto disto...preciso de férias!
Ok, ok...até faz jeito um feriado de vez em quando. Mas sinceramente, nunca fui apologista desta história das "pontes".
Com todo o respeito por quem as faz, penso que as pessoas estão sempre a dar-se à preguiça. E quanto menos fizerem, melhor.
Um exemplo disso, são as greves. Creio que nunca vi tanta greve como neste último ano. Independentemente da finalidade de cada greve, verifico que os cidadãos andam a tapar os olhos com rede, pois não querem admitir que realmente há medidas que têm necessariamente de ser tomadas.
Quem se divertiu e usufruiu das lacunas e bónus que (in)directamente eram passíveis de usufruto, agora sente que o chão lhe foge dos pés! Estão mal habituados e agora é necessário fazer um esforço. Custa, não é?
E aqueles que andaram a rechear as suas poupanças ou a alagar o leque de viagens (...) com aquilo que não lhes pertencia, nem ousem reclamar. Há que recordar que a verdade vem sempre à superfície...
Mas, volta e meia, lá vem a "cambada" de um determinado grupo laboral percorrer Km até à Capital, manifestando-se estupidamente contra o trabalho que lhes é imposto.
Tudo bem que estejam contra, mas greves no meio da rua, já se viu que raramente surtem o efeito desejado. Até porque quem lucra com isso, é nada mais nada menos, as entidades superiores que nos governam, AQUELES QUE SÃO O Centro das Vossas Reclamações. E na função pública é que se poupa!!!
Vá lá Portugueses, aproveitem os feriadinhos e as pontes (os que as fazem), para repensarem as vossas formas de contestação, já que vivemos insatisfeitos e descontentes!
Um povo que sempre lutou pelo que quis e partiu à conquista de novos territórios enfrentando o desconhecido à séculos atrás, seguramente terá capacidades para se insurgir justificadamente e muito melhor do que tem feito até à data.
Sejam criativos e inteligentes!

P£r$0n@l!d/\d3s

terça-feira, dezembro 06, 2005 à(s) 23:21
Era e já não é!
Tudo mudou e há que aprender a ser grande, a olhar à nossa volta, a sentir que a história agora é outra. Cresceste, eu admito!
A inovação passa também por ti e as coisas que pensavas serem distantes e inatingíveis para ti, porque sempre acreditaste ser diferente como de facto és, tornaram-se indispensáveis para continuares a percorrer o teu caminho.
Mas és admirável! Até me surpreendes...quem te viu e quem te vê!
A idade passou por ti (aquela idade estúpida que faz o status e a suposta inteligência e experiência de vida).
É estranho olhar-te e adivinhar-te as palavras, parece que já te conheço há uma infinidade de anos, (e realmente conheço-te - melhor do que ninguém), mas não deixaste crescer aquilo que sempre consideraste só teu.
Aperfeiçoas-te, inovas-te, a vontade de progredir está na tua sombra, mas não mudas o que realmente não precisa de ser mudado, o que amargura o mundo, o que faz com que os outros sejam apelidados de "adultos".
Tens um corpo dos deles, apenas isso. O teu coração e a tua personalidade é doce, brilhantemente inocente, meiga e encantas pela simpatia que sopras pelo brilho dos teus olhos.
Compreendes qualquer um, falas como qualquer um, para qualquer um, porque também tu, és qualquer uma que não age como uma qualquer.
Hoje sentiste que te atiraram um peso para cima dos ombros e agradeceste. Como tu és...
A doidice é uma das tuas características extravagantes que te torna magicamente excepcional. És diferente e divertes-te com isso tornando-te singela e acessível; transformas o "difícil" em "facílimo" e transferes obrigações a quem pensa que não as tem.
Todos te aceitam, te compreendem e aceitam as tuas opiniões, consegues tornar-te a origem daquilo que pode ser contestável mas que ninguém consegue contestar. Desargumentas com estilo e argumentas positivamente contra todas as frentes dos obstáculos; e não há nada, por muito impossível de transpor que seja, que tu não ultrapasses. Para ti, tudo tem uma explicação. Diverte-te encontrá-la(s), incita-te tudo o que não fascina mais ninguém, adoras responder ao que se pensa ser passível de ser respondido! Dás sentido a todas as formas, cores, desejos, pensamentos, factos, objectos, lugares, pessoas, aromas, sabores. Tudo o que existe e ainda não foi inventado; o que já existiu e o que não existe; TUDO é real em ti!
Lembras tudo o que os outros esquecem e tornas importante os aspectos mais ignorados e esquecidos que divagam por tudo quanto vemos mas não deciframos nem compreendemos.
Ages com sensibilidade e despertas de tudo um pouco. Quem lhes dera ser como tu, invejam-te a doçura com que sorves o dia e beijas a noite; o sorriso que soltas quando te entristeces, a fúria que choves para longe dos espaços não-teus; a alegria que irradias mesmo quando não estás feliz; a felicidade que sentes por estares triste; a anormalidade de sensações que te invadem e descontrolas para te divertires a controlar.
Torna tudo simples como tens feito, continua TU, continua a ser quem és e a aceitar-te como és. Orgulha-te de seres assim, excepcionalmente diferente e infantilmente grande.
Também eu me orgulho de fazer parte de ti, do teu ser, dos teus pensamentos, das tuas visões, do teu respirar, das tuas atitudes, de ti...

És de "bom" tempo!

domingo, dezembro 04, 2005 à(s) 01:01
Ingenuidade - adj., natural; em que não há malícia; simples; inocente; espontâneo...
Actualmente dá-me um certo gozo apreciar este tipo de atitude por parte das pessoas, e da minha parte também. Creio que é um comportamento a cair em desuso visto que antes de agir, pensamos...(e muito).
A ingenuidade sempre foi uma das minhas características, e sinceramente, tenho alguma dificuldade em avaliá-la; não sei até que ponto é ou não benéfica!
Lembro-me de uma determinada época em que comecei a ser calculista, (época essa em que depois de muitos "arranhões", fiz uso do provérbio: "Se queres vencer o inimigo, junta-te a ele").
Não achei muita graça a este exercício cerebral; tenho cada vez mais a certeza que sou uma ingénua de primeira e não consigo ver "tão à frente" como seria suposto acontecer quando me tornei calculista!
Exactamente por causa disso, dei-me à preguiça e retornei a mim... já la vai um tempo considerável e a verdade é que gosto de ser como sou (ingénua, simples, espontânea e inocente).
Mesmo que posteriormente me magoe com isso, não me interessa. O que me importa é ser como sou, dizer o que penso, errar quando tenho inevitavelmente de errar, para aprender com isso e continuar a ser quem sou.
Verifico, aliás, que a ingénuo-espontaneidade vai sofrendo uma pequena metamorfose causada por este conjunto de termos a que chamamos "vida-em-sociedade".
Relativamente aos outros que tenho apreciado, só de me lembrar... !
Não há ser mais espontâneo que as crianças ou então pessoas portadoras de deficiência mental (e não estou a menosprezar, atenção).
Independentemente da idade, região, profissão ou tipo de vida que levem, o convívio que vou tendo com estas pessoas mostra-mas tão sinceras, ingénuas e espontâneas, que para serem felizes não medem as consequências do seu sorriso, dos seus pedidos, das suas tristezas, das suas ideias, dos seus gestos... nem lhes interessa.
O importante é transparecer o que sentem, sem pensar se são ou não oportunos. Divertem-se bastante, até! E ainda bem, porque nós que somos possoas normalíssimas e cresciditas, cada vez menos nos importamos com os outros.
Vivemos a conjugação do Tempo Presente do Indicativo somente através do pronome pessoal da primeira pessoa do singular: "EU".
O verbo que conjugamos é multifacetado e encontra-se a ser estudado pelos gramáticos mais dotados do planeta, devido à pluralidade de terminologias e "excepções" de que é dotado. Conjuga-se do seguinte modo e inclui as respectivas variantes:
Eu é que penso
Eu é que quero
Eu é que faço / vou
Eu é que sou
Eu é que mando
Eu é que tenho / uso / visto / como / possuo / ...
Eu...muitas vezes este pronome é associado a outro "Nós".
No entanto, a segunda pessoa do singular "TU" também tem uma conjugação que casualmente coincide com outros pronomes pessoais - nomeadamente Ele(a), Vós, Ele(a)s. Conjuga-se assim:
Tu não pensas
Tu não falas
Tu não obdeces
Tu não ousas
Tu não mandas
Tu não és (nada mais do que meu súbdito)
Tu não tens / vestes / usas / comes / possuis / ... nada superior ao que Eu tenho, visto, uso, como, possuo...
Tu fazes /vais / dás (...) o que eu quero, peço, mando,...
E voltando a divagar pelo tema inicial (do qual ingenuamente me desviei), chego à conclusão de que não há coisa mais saudável do que as atitudes inocentes, singelas, espontâneas (...) que nos tornam naturalmente felizes com pequenos gestos, segredos, olhares, sorrisos, toques, repreensões, casualidades...
É isso que faz falta neste universo cada vez mais individualista, calculista e egocentrista, que vive na sombra da individual frieza humana, gerada pelo próprio "Eu" descendente desta (im)personalidade.
"Eu até estava p'ra lhe oferecer o emprego, mas (o gajo tem a mania que é esperto e qualquer dia sobe na vida mais do que eu...) já não havia vagas!"
"Até te dizia onde está, mas... (antes que tu apanhes isso primeiro que eu) já não me lembro!"
"Pensei em comprar aquele fato e quando lhe toquei achei o tecido péssimo e áspero (mas a estúpida da fulana tem um igual...e eu ADORO-O)".
Meros exemplos de atitudes comuns a todos nós, sem excepção! Mesmo aos mais ingénuos que, como eu, já deram por si a pensar assim...
Será que este termo ainda será recuperado na sua originalidade para o quotidiano de cada um de nós?

Dezembro

quinta-feira, dezembro 01, 2005 à(s) 00:57
E cá estou eu a dar por mim naquele que é considerado o último mês do ano, de acordo com o Calendário Gregoriano. No entanto, desde pequenina que Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro, eram por mim associados àquele que posteriormente descobri, como sendo o Calendário Romano. Daí os nomes que me remetiam para o SETe, Oito, NOVe e DEZ, respectivamente!
Nem era mal pensado mantermos essa vertente....mas também não é isso o mais importante.
O que se perpetua na minha cabeça é a rapidez com que o tempo passa, é definitivamente a alta velocidade.
Acabamos de entrar no mês do Natal, do Solstício de Inverno, no mês da transição para um novo ano. No mês do frio, das lareiras acesas, das luzes minúsculas, dos afectos, convívios, da suposta aproximação, dos interesses, do consumismo, das festinhas chatas e atractivas, impostas e voluntárias, do socialmente correcto e do egoísmo, das viagens à neve e dos mendigos que continuam a dormitar nas caixas de cartão...
Curiosamente, estamos a reviver a época em que todos se lembram daqueles que já tinham esquecido... Quem diria!
O tempo tornou-se inesgotável, intenso, insensível, incessante, impiedoso, inoportuno, inspirador, importante, inesquecível, inócuo, inerte (...) e intemporal!

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