Orgasmo

quarta-feira, outubro 26, 2005 à(s) 01:10
Hey, tu?! Hoje vou falar de ti, do desavergonhado que és…vejo-te como um prostituto, intrometido e convencido que levas sempre a melhor. Não há queca em que tu não sejas um propósito…de uma maneira ou de outra, todos te procuram, todos te conhecem e jamais te esquecem.
Já não te procuram pelo amor, é pelo prazer (és indolor), não tens contra-indicações, só efeitos secundários. És aquele que todos almejam (uns atingem-te, outros fingem-te); provéns daquela ilusão que incita à estimulação dos corpos, nomeadamente através do tacto.
Nos instintos adjacentes deslizam com suavidade os apetites dos intervenientes, com vontade de te alcançar. Movimentam-se com desejo, embriagados talvez por um beijo, numa ascensão de fantasias (sejam loucas ou sadias, ousadas ou sagradas – que provocam arrepios e transpirações transcendentais, caprichos descomunais, perversos e sensuais), em ardentes escaladas apoderadas pelo anseio de uma fogosa volúpia dominada por um veneno especial.
Ora, neste ritmo desenfreado o jogo erótico permanece acentuado pelo gozo de se sorver cada milímetro libidinoso! Abraçam-se os corpos, enroscam-se os cabelos, rasgam-se as roupas, arranham-se mutuamente, misturam-se as línguas, cruzam-se as mãos, soltam-se gemidos, arfam desejos vãos… a degustar com prazer a sensualidade e a paixão que lhes esfarrapa a comunicação entre o físico e o sobrenatural. Certo é que a sofreguidão vai progredindo com sussurros e devaneios, por entre toques e desatinos, flashs instantâneos e suores alheios a tudo o que não mais faz sentido. Intensifica-se a concentração (orgasmiza-se o teu coração e a tua atenção às minhas descrições banais); por entre a excitação dos calores corporais, sentem-se palpitações, experimentam-se contracções, e outras sensações colossais!
(Se não te controlas, não leias mais!)
Aproximam-se ápices de prazer – oh não, não pode ser! – é um delírio constante que os torna cúmplices nas sensações. Ai!...é vê-los latejar, seus corpos a arquear num frenesi arrebatador. Ondulam num auge de luxúria,(tu que lês estás na penúria) degustam uma febre comum, os suores compulsivos só provam que a excitação está no clímax apetecido. É tempo da tua intervenção: nela multiplicas-te, mas nele não…anorgasmizam-se-lhe os pensamentos, dissipam-se estes momentos que tanta sede lhe deram.
Os corações estão a mil - ela louca, ele senil – finalmente o apogeu. Chegaram às nuvens e estão no céu, ela feliz, ele ateu, incrédulo pois não te sentiu! O sonho ao se esvair permite-lhes sucumbir à combustão dos desejos. Ainda se trocam uns mimos, osculam com paixão e perdem a energia – ela na fase da exaustão, ele na dor e melancolia.
Descansem à vontade, amantes da liberdade, do prazer, da diversão…

Por cá resta um aparte: não sei se deva congratular-te ou reprovar a tua atitude. Agradeço-te por me leres, certamente é um dos teus prazeres, bem como o do voyeurismo! Mas…não espreites por esta janela, sonha com a loucura que está além dela…
E tu meu caro orgasmo: mostrei-te que apesar de seres de todos, terás sempre o teu secretismo!

4 comentários

  1. Anónimo Says:

    Excelente tema, muito bem aprofundado. Vês e não dói mesmo nada! Hmmm.... e isso promete!! ;-)

  2. Mi Says:

    MaraviiiilhA :-)

  3. Anónimo Says:

    Apesar do texto ser muito bom, sabe muito melhor sentir-lo (o orgasmo) do que ler sobre ele. Daí que, por muitos elogios que possa tecer ao texto, nunca poderei dizer que está "muito bom" ;) Mas traz recordações... sempre. E é bom recordar.

  4. Anónimo Says:

    Dsclpem-m,mas th k comentar dps...é k n deu msm p me aguentar... :#

    TU TAS MT À FRENTE BEWINHA!!! ;)

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