Observo-te

sábado, outubro 22, 2005 à(s) 10:59
Ao anoitecer, ia eu a correr até ao fundo da rua, como se fugisse de alguém... Não sabia o que procurava, nem o que pretendia sequer!
Foi ali que te encontrei. Estavas diferente: mais sério, mais irritado e mais formal que o habitual. Lembrei-me que era o dia de aniversário daquele teu colega irritante que te provoca incessantemente. Ias festejar porque eras "obrigado" para ficares bem visto pela empresa, enfim!
Deixei-me ficar suspensa com o pé esquerdo no chão enquanto descortinava a melhor forma de assentar o pé direito, escondendo-me em simultâneo atrás do painel de publicidade que ali se encontrava. Vi-te e revi-te de muitas formas e maneiras, mas nunca esperava ver-te assim com cara de frete.
Apeteceu-me gritar..."Não te mistures, não vás contrariado." mas contive-me. Era de ti que dependia a decisão, somente de ti. Quem sou eu para interferir nas tuas atitudes se nem a minha opinião interessa? O certo é que acabaste por felicitar o teu "amigo" e entraram juntos no carro com o resto da malta.
O carro arrancou. Conformada, recomecei a minha caminhada até casa. Às vezes é necessário cedermos para evitarmos problemas, mas ao ponto de ir festejar um aniversário de alguém que tem menos afinidades connosco do que o próprio lixo da rua...como tu és benevolente!
A propósito. O fato ficava-te bem, estavas lindo; exceptuando a expressão sombria impressa na tua face. Gosto de ti "ao natural", descontraído...como só tu sabes ser.
Admiro especialmente a tua força e o teu carácter. Conseguiste mostrar que tens personalidade ao cumprimentares toda a malta, a desculpa foi muito boa. Não se pode faltar ao lançamento do livro do avô! Até eu acreditava se não te conhecesse...
Lá foste tu vagueando pela avenida, satisfeito contigo mesmo. Foste capaz...sempre acreditei que acabarias por ser!

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