Egocentrismo???

segunda-feira, novembro 14, 2005 à(s) 01:09
A solidão concede ao homem intelectualmente superior uma vantagem dupla: primeiro, a de estar só consigo mesmo; segundo, a de não estar com os outros. Esta última será altamente apreciada se pensarmos em quanta coerção, quantos estragos e até mesmo quanto perigo toda a convivência social traz consigo. «Todo o nosso mal provém de não podermos estar a sós», diz La Bruyère. A sociabilidade é uma das inclinações mais perigosas e perversas, pois põe-nos em contacto com seres cuja maioria é moralmente ruim e intelectualmente obtusa ou invertida. O insociável é alguém que não precisa deles.
Desse modo, ter em si mesmo o bastante para não precisar da sociedade já é uma grande felicidade, porque quase todo o sofrimento provém justamente da sociedade, e a tranquilidade espiritual, que, depois da saúde, constitui o elemento mais essencial da nossa felicidade, é ameaçada por ela e, portanto, não pode subsistir sem uma dose significativa de solidão.
Os filósofos cínicos renunciavam a toda a posse para usufruir da felicidade conferida pela tranquilidade intelectual. Quem renunciar à sociedade com a mesma intenção terá escolhido o mais sábio dos caminhos.
Arthur Schopenhauer, in 'Aforismos para a Sabedoria de Vida'
Hoje optei por publicar um texto de alguém que dedicou o seu tempo ao acto de pensar... Creio que não era necessário desperdiçar toda a vida a pensar, mas agradeço estas palavras!
Portanto, se leram este texto, concluem que alguém pensou por vocês e adiantou-vos algum trabalho. Não quero que deixemos de viver em sociedade, não. Simplesmente apelo ao pensamento: pensa antes de agir (se não queres englobar a sociedade a que Arthur Achopenhauer se refere)!

3 comentários

  1. Talk Talk Says:

    Não deixa de ser um texto que nos faz refletir. Mas parece-me completamente errado. Logo o seu inicio..."a solidão concede ao homem intelectualmente superior...". Não será na convivência social que crescemos com pessoas. Não será a "intelectualidade Superior" também uma capacidade de filtrar-mos o que de bom a sociedade tem para nos dar?
    Mas quem sou eu para contestar La Bruyére ou Schopenhauer.
    Embora não concordando com parte deste texto gostei de visitar este teu espaço.
    Um beijinho.

  2. I'mNesic Says:

    Limitei-me a copiar as palavras do mister p'ra cá!
    A tua opinião simplesmente me alegra porque concluo que pensas! Logo, és um ser intelectualmente superior...! =)

  3. Morfeu Says:

    Nunca me fizeram essa pergunta, nem tiveram esse sentimento, talvez um caso de Estudo de Comportamento, Visão Filosófica e Socióloga de percepção nossa e de outros. Mas, por muito que a teoria tente explicar diferentes desígnios de vida, existe tanta coisa que não se descobre em teorias, em livros, mas sim…apenas por sorrisos, belezas interiores e sussurros diferentes de tudo o que existe…inexplicável na teoria… que por exemplo em mim são mutações constantes de realidade, dever, desejo, cumplicidade, platonismo, solidão. Será que esta concede ao homem uma vantagem dupla, ou apenas sofrimento, deverá ele descobrir-se a ele próprio sozinho, ou ter ajuda nesse conhecimento.
    È por isso que Eu me tento controlar na escrita, e ter aplicado e adequado regras no que faço. Em relação às minhas Ruas o conhecimento de Mim através dos outros, que vive através das vossas criticas, opiniões, ajudas…preciso delas para pensar e faço-o de semana a semana apenas pela necessidade de controlar sentimentos que explodem em mim, e canalizá-los de uma forma constante, controlada, para o Meu Mundo não ruir como uma vez ruiu por excessos de ????. Mas… Eu não deixo de escrever, escrevo em cada blog, em cada canto do meu quarto opiniões minhas e pensamentos que nem sem bem se posso ou devo ter…mas no fundo resume-se basicamente ao conceito das ruas se basearem tanto numa analise de um Eu Doente, talvez igualmente amnésico, perdido, mas de igual forma com pouco tempo para agir… que o consome na visão da sociedade no seu todo e na descoberta da minha solidão, ou não…e faço-o… escrevo em cada porta que admiro, que ajudo, ou me ajudam, que respeito e adoro…por isso também estar aqui, e agradecer as tuas palavras, saudades…palavra que quando dita não precisa de desculpa; é bom saber da existência desse sentimento quando outros banalizam através da indiferença…
    Eu escrevo aqui e além… e as minhas palavras existem em cada canto que gosto, uns mais que outros, por vezes palavras que um dia vão às minhas Ruas…quando não as consigo controlar, mas apenas o faço por protecção, autodisciplina de sentimentos porque senão a teoria chega à pratica…solidão dos seus opostos.
    Eu não deixo (por enquanto) de escrever, por isso estar aqui hoje, e faço-o como forma de agradecimento. Quanto Eu ajudar a tua Memoria?, não sei…talvez…como poderei Eu fazê-lo?, se soubesse…ajudava, se conseguir…espero que ajude a te encontrares (se é isso que percebo das tuas palavras)…
    Dedicamos o nosso tempo a pensar... Creio que não sera necessário desperdiçar toda a vida…mas até quando…?

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