Pausa Imaginativa

quinta-feira, outubro 27, 2005 à(s) 01:22
Poema Original:
Amar
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... Além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma primavera em cada vida!
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz foi para cantar!
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... para me encontrar...

Florbela Espanca - Charneca em Flor (1930)
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Técnica de transformação: Antónimos

Amar? qual quê!... oooodiaaar

Eu quero odiar, odiar perdidamente!
Odiar só por odiar: Aqui... Além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Odiar! Odiar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Desamar? Bem querer É mal? É bem?
Quem disser que se pode abominar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há um Inverno em cada vida!
É preciso gritá-lo assim despido,
Pois se Deus nos deu fúria foi para gritar!
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja minha vida amaldiçoada,
No inferno saiba arder... p’ra m’ achar...
I'mNesic (num dia onde a "fúria" esteve presente...)

1 Responses to Pausa Imaginativa

  1. Mi Says:

    Tenho liiink!! Ahhhh...! Cada vez fico mais emocionada com isto... snif... :-)
    Gostei muito do teu blog I'mNesic **

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